quinta-feira, 30 de abril de 2009

A pedidos



Oi amigos!

O silêncio sobre a gripe suína era proposital. Estamos tentando levar a vida com a maior tranquilidade e normalidade possíveis, assim como o povo mexicano (maravilhoso!!). Nós ficamos mais estressados com o pânico de nossos amigos e familiares no Brasil, do que assistindo a TV local e ouvindo rádio (claro que estou ouvindo rádio!!!)

Alguns jornais brasileiros já me pediram para "trabalhar", de certa forma, na cobertura do episódio. Mas nós viemos ao México com outros objetivos. Estamos tentando seguir o planejado. Não poderia sair por aí fazendo matéria, com minha família estando aqui comigo. Também não tem sentido ficar divulgando informações pessoais, que não iriam contribuir realmente para o interesse público.


Ontem o Odil foi à feira livre que tem do lado da nossa casa, uma ótima opção para comprar alimentos frescos, cheios de vitaminas, e ainda por cima ao ar livre. Notem que poucas pessoas estão de máscaras. No metrô e nos ônibus, onde as pessoas ficam mais próximas, é mais comum usar máscaras. Outra recomendação é lavar sempre as mãos ao sair e manusear dinheiro e outros objetos expostos ao público. Estamos evitando sair de casa (até porque ainda não sentimos necessidade), mas podemos sair dar uma volta caminhando, sem nenhum problema.

Assistimos um programa na TV muito legal, sem sensacionalismo, fruto de um jornalismo muito responsável. Um especialista dizia: "o vírus não tem pernas, nem asas. A transmissão é feita pela saliva e pela mucosa." Ou seja, alguém infectado tem que espirrar saliva na sua boca ou nariz, o que é bem menos provável, e as máscaras servem para proteger disso, ou você tem que por a mão em algo infectado e levar a mão à boca ou nariz. A gripe suína também tem cura. Só é necessário ir ao médico rápido e os sintomas são muito típicos e fortes.

O que acontece é que aqui no México há muita pobreza. Com isso, a mortalidade é maior. Pessoas desnutridas, com hábitos de higiene precários e sem informação acabam sendo vítimas frágeis diante da doença. Bom, o pior dessa doença é que ela passa de pessoa para pessoa. Para romper a transmissão, o jeito mais simples é nos isolarmos em casa por alguns dias. Eu (que sou um labrador) sinto muita falta de gente. Ontem, só de ouvir o barulho da feira fiquei mais feliz. Outro dia passou um grupo de músicos tocando aqui na rua, saímos correndo pra dar "10 pesos" para eles na porta. Hoje veio o jardineiro. Que bom é ser humano!!!

Estamos com saudades de vocês, mas "todavia" não queremos voltar. Besos y saludos atentos.






sábado, 25 de abril de 2009

Com Diego e Frida



Essas estátuas ficam no jardim do Centro Cultural onde o Odil está fazendo aulas com o Maestro Pedro Hernandez.

Olhares sobre o México 3

Esse é o meu quadro preferido!
Há muitos desses homens vestidos com uma espécie de farda, tocando essas caixas de música, pelas ruas da Cidade do México.






Eles são do Exército da Salvação. Enquanto um toca, outro pede moedinhas num chapéu. A luz está demais, né? Acho que esses trabalhos são uma seqüência do projeto Identidade, dos quadros da exposição de Curitiba. Só que eles são menores, pois o Odil vai ter que carregá-los de táxi pra lá e pra cá. Que pena que a carretinha não veio...

Olhares sobre o México 2


Esse é um desses personagens lindos, em movimento pelas ruas, que têm a "cara" do México.
Para atualizar vocês sobre as novidades, o Odil está fazendo aula em dois ateliês. Vai expor os quadros numa feira de arte, aos sábados, num bairro que se chama Roma, que é cheio de escolas e galerias de arte. Um dos professores foi assistente do Diego Rivera, dá aulas num Centro Cultural, que vai promover uma exposição dos alunos em Maio.

Olhares sobre o México 1


O Odil faz fotos o tempo todo nas ruas. Vai selecionando e a partir desses personagens e momentos reais pinta seus quadros. Esse garotinho estava muito feliz no Jardín de la Bombilla, naquele dia em que as meninas brincaram com os esquilos.

Mais tempo em casa




Como vocês já devem saber, aqui estamos "meio" de quarentena. As aulas foram suspensas por alguns dias e é recomendável que a gente não frequente lugares fechados e cheios, como o metrô e os ônibus. Não se preocupem com as notícias que estão bastante sensacionalistas. ESSES JORNALISTAS!!! Mas o fato é que não temos muito motivo pra sair de casa. Ótimo, porque temos muito trabalho a fazer. Enquanto eu (Mônica) escrevo meu primeiro artigo em espanhol, o Odil pinta (para a feira e para a exposição) e as meninas aproveitam o bom clima e o lugar tranquilo em que vivemos.
E o fofinho do Bucles está sempre por perto...





Rio de Janeiro?


Essa paisagem não parece o Rio?

Nós temos mesmo muito em comum. Essa é uma vista da periferia da cidade, que fotografamos naquele passeio da pirâmide, mas ainda não havíamos postado.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Enquanto estudamos...

Esse cactus dá flor só uma vez por ano e ela dura somente um dia...Vimos isso no nosso quintal.
Mignon e Bucles são nosso consolo longe do Kinder...
As meninas já estão indo para a escola, em breve as veremos com o uniforme estilo "Os rebeldes"!!!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Palacio de Belas Artes

No Palácio de Belas Artes, há mais um conjunto de murais de Rivera, Orozco, Siqueiros e Tamayo. Entre eles, um em que Rivera retrata John Rockfeller como o "Homem, senhor do universo". Uma resposta ao caso do mural que Rivera havia pintado antes no Rockfeller Center de Nova York, com a mesma crítica ao capitalismo, e que o patrão mandou destruir. Essa história aparece no filme Frida. Cá entre nós, aqui ficou bem mais adequado!! Como nossa câmera fotográfica estragou, postamos um filme. E esse primeiro mural que aparece é do Orozco, também tratando sobre a guerra e a decadência da Burguesia.

Xochimilco a "Veneza" mexicana

Essa coisa vermelha na borda do copo é chili, pimenta da mais ardida que se pode imaginar, dentro vai um litro de cerveja e umas gotas de limão. Vai encarar?








A capital asteca foi construída sobre várias ilhas dentro de um enorme e raso lago, com a colonização espanhola toda área começou a ser aterrada para dar lugar às novas edificações, processo que continuou até os dias atuais. Um dos poucos lugares onde ainda se pode ver parte original do lago é em Xochimilco, bairro ao sul da capital. Para se conhecer o lago o ideal é alugar uma "trajinera" e fazer um pic-nic a bordo. O transito das embarcações é caótico, são 3.500 para os poucos canais que sobraram do Lago Texcoco. Na chamada de a Veneza mexicana somos abordados o tempo todo por vendedores de tacos, sanduíches, souvenirs e michellada (cerveja com limão e pimenta), essa não deu pra encarar. É horrível!!! E se você estiver disposto a dar umas gorjetas pode contratar um grupo de Mariachis para embalar seu passeio.

domingo, 12 de abril de 2009

Murais de Diego Rivera no Palácio Nacional









O Palácio Nacional (sede do governo mexicao) abriga vários murais de Rivera, em cada um o pintor retrata um momento da história do México, desde o período pré-hispânico até a primeira metade do século passado quando foram pintados.

O video mostra o mural principal no hall das escadas da entrada do palácio.

sábado, 11 de abril de 2009

Diego Rivera dá aula de história do México

Um ator se fazendo passar por Diego Rivera leva as crianças pelos corredores do palácio e vai explicando o que significa cada personagem ou símbolo retratados nos murais.

Sexta-Feira Santa na Catedral da Cidade

Uma das grandes contradições do povo mexicano é que eles são super orgulhosos de suas origens pré-hispânicas, e sentimos certo rancor em relação aos colonizadores, mas são católicos ao extremo, muito mais que os brasileiros.

quinta-feira, 9 de abril de 2009




Esta é a Universidad Autónoma Metropolitana (UAM - Xochimilco). É uma universidade municipal da Cidade do México e a segunda maior do México, depois da poderosíssima Unam, que é nacional. É aqui que a Mônica vai "problematizar" a tese.

Panoramica de Teotihuacán

Notem a produção sonora do local. Um performer hablando inglês e ao fundo a musiquinha dos instrumentos musicais de cerâmica (que custam diez pesos), um pouquinho de vento...perfeito.

As Pirâmides de Teotihuacán

As meninas ficaram impressionadíssimas com os esqueletos encontrados nas urnas funerárias no complexo de Teotihuacán. Esse é de um menino de 10 a 14 anos. Provavelmente uma oferenda aos Deuses.

A pirâmide da Lua é menor, mas dizem que era até mais importante que a do Sol, pois era pública. As cerimônias realizadas aqui eram acessíveis aos 125 mil moradores da cidade pré-hispânica formada 200 anos a.C.. Sua área chegou a cerca de 20 mil quilômetros quadrados. Teotihuacán, a terra dos Deuses, começou a ser construída 200 anos antes da Era Cristã. Em 650 d.C, ela havia crescido muito, já não conseguia suprir a população de alimentos. A população se revoltou e destruiu parte da cidade abandonando-a.



Aqui as meninas estão no alto da Pirâmide do Sol e ao fundo vemos a Pirâmide da Lua. Os aztecas redescobriram essa cidade 400 anos depois que ela foi abandonada, considerando-a uma obra de gigantes, local sagrado. Mais tarde, os espanhóis não a perceberam sob a terra e o mato que se acumularam no local. Muitas descobertas arqueológicas são bastante recentes.


Chegamos lá. No alto da segunda maior pirâmide do mundo - a Pirâmide do Sol em Teotihuacán. O povo que construiu tudo isso é anterior aos Aztecas e pouco se sabe sobre eles. Estava muito seco o dia e fizemos várias pausas na subida. Voltamos sonhando com uma garrafinha de água de diez pesos. Muitas coisas custam diez pesos por aqui. Mas apesar do esforço, bastaram alguns minutos para nos refazermos.
Realmente o lugar tem uma energia diferente. Estática, por causa do calor seco, mas também pelo astral. Tudo é grandioso e perfeito.

Difícil acreditar no avanço dessa civilização há tanto tempo atrás. Olha que lindas! Duas meninas e duas pirâmides.

As flores do deserto... Atenção ao inseto pego no flagra.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Artista em ônibus no caminho das Pirâmides de Teotihuacán

A caminho das Pirâmides de Teotihuacán o ônibus para, um homem entra com seu violão e dá um show.

terça-feira, 7 de abril de 2009

A incrível feira de Coyoacán e San Ángel

Esta parte da cidade é repleta de casarios coloridos.
O México é lindo, principalmente quando ele, em sua essência original, aparece.



É claro que não precisamos mostrar aqui as mega stores dos Block Buster, Mc Donalds, Pizza Hut, etc. Mas o fato é que elas dominam várias paisagens da cidade. O povo mexicano é muito sofrido, dominado, empobrecido. Mas, apesar disso, é alegre, amável, malandro muitas vezes. Temos muito em comum...







Pobre dos bichinhos...




As caçadoras de esquilos




Isso vai dar uma dor de cabeça pro pai...





Taco na feira, já estamos acostumados com a pimenta





Domingo de Ramos en frente a Igreja de San Juan Bautista.





A mulherada fica louca com a feira de Coyoacán, e eu mais ainda, pois eram 3 contra um, mas o lugar é realmente incrível.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Nossa rua


Esta é a nossa rua. Ao fundo vocês podem ver a escola onde as meninas vão estudar a partir do dia 20 de abril, pois agora acontecerá um pequeno recesso escolar de duas semanas devido à Páscoa. A casa bege com a árvore e o carro vermelho em frente é a casa da nossa senhoria. Nosso lar fica aos fundos dela.

Cuarto de las niñas


Esta é a visão do interior "del cuarto de las niñas". Sempre sonhei ter uma colcha de crochê colorida assim...

Jairo, o primeiro amigo


O quintal é muito agradável. As meninas já fizeram um amigo, o Jairo, filho de uma senhora que trabalha na casa de nossa senhoria. Ele vem nos finais da tarde, depois da escola. Hoje eles brincaram até à noite. A aula experiencial de espanhol foi ótima!

Nosso Jardim

Segundo a querida Ana Luisa, nós merecíamos um jardim assim... Um lugar onde nossa querida Ana Gilka tomou vários desayunos... Um lugar onde há beija-flores e pássaros que o querido tio Mé adoraria fotografar...E com essa imagem, que vemos da nossa janela e do terraço, queremos dividir com todos os nossos queridos essa recepção acolhedora do México.

Hogar dulce hogar


Essa é a fachada de nosso "hogar". Há tudo o que precisamos. Um lugar seguro, tranqüilo e acolhedor. Faz muito calor na cidade e o clima está muito seco. Começa a faltar água em algumas regiões. Há muita fuligem, poluição atmosférica. Tudo fica preto de fuligem em pouco tempo de exposição ao ar livre. Essa casa (estúdio) fica aos fundos de uma outra casa. Nossa senhoria é muito gentil e prestativa.